Os avanços recentes no tratamento do Alzheimer inauguraram uma nova fase no cuidado: além dos medicamentos tradicionais que atuam nos sintomas (como donepezila, rivastigmina, galantamina e memantina), surgiram terapias modificadoras da doença que podem retardar a progressão em estágios iniciais. Ao mesmo tempo, ficou ainda mais evidente que nenhum remédio substitui um plano de cuidados continuados e multidisciplinar. Neste artigo, explicamos o que mudou, para quem esses tratamentos fazem sentido e como integrar medicamentos, rotinas e apoio familiar para melhores resultados.
Os novos fármacos atuam sobre a proteína beta-amiloide, removendo ou reduzindo as placas no cérebro – um dos marcadores biológicos do Alzheimer. Eles foram testados e aprovados para pessoas em fase inicial da doença (comprometimento cognitivo leve ou demência leve) e com confirmação de amiloide por exames específicos.
Ponto-chave: essas medicações não curam o Alzheimer, mas podem retardar a progressão e preservar funções por mais tempo quando indicadas corretamente.
Os estudos indicam melhor resposta em pessoas que:
Se você ou seu familiar têm diagnóstico de Alzheimer, converse com o médico sobre elegibilidade. Nem todos os casos se encaixam nos critérios, e a relação benefício‑risco precisa ser discutida individualmente.
Além da avaliação clínica e neuropsicológica, os centros têm avançado no uso de biomarcadores. Hoje, além do PET e da análise do líquor (CSF), surgem testes sanguíneos de p‑tau217 e razões p‑tau/Aβ que ajudam a apontar presença de patologia amiloide. Esses painéis ainda caminham para ampla incorporação, mas tendem a acelerar e baratear o acesso ao diagnóstico.
Os principais riscos dos anticorpos anti‑amiloide são as alterações de imagem relacionadas à amiloide (ARIA), como edema e micro‑hemorragias. Por isso, os protocolos incluem:
A decisão pelo tratamento deve considerar benefícios funcionais esperados, riscos, logística de infusões e custos.
O Brasil começou a aprovar medicamentos anti‑amiloide para fases iniciais da doença. A incorporação em sistemas de saúde e a definição de protocolos operacionais (centros habilitados, monitoramento por RM, elegibilidade, financiamento) caminham em paralelo. Enquanto isso, cresce a necessidade de educação para famílias e profissionais sobre indicações, efeitos e o papel dos cuidados continuados.
Mesmo com os novos fármacos, o maior impacto no dia a dia vem de um plano de cuidados consistente. Isso inclui:
Os novos medicamentos trouxeram esperança real de retardar a progressão do Alzheimer em pessoas elegíveis. Mas o sucesso no mundo real depende da combinação entre terapia correta, diagnóstico preciso por biomarcadores e um plano de cuidados personalizado e contínuo.
Na Villa Amor Repouso, unimos equipe multiprofissional, rotinas estruturadas, estimulação cognitiva e apoio familiar para que cada pessoa com demência viva com mais conforto, segurança e dignidade. Conversamos com o seu médico assistente e ajudamos a integrar o plano clínico ao cuidado diário.📍 Agende uma visita e conheça nossa abordagem de cuidado continuado.